Falar em desenvolvimento requer uma visão ampliada. O “saber profissional” diz respeito aos diferentes aspectos que irão compor o processo contínuo de aprimoramento da pessoa.
O objetivo é trazer para superfície esses alicerces que tornam consistentes o que chamamos de autoconhecimento e autodesenvolvimento.
Então, vamos lá:
Competências Pessoais: Sobre esse fundamento, vamos trazer Daniel Goleman que tem como foco a inteligência emocional, mas muitas outras competências são sinérgicas e colocam a inteligência emocional como algo tangível e praticável para nós.
Para ele, existem formas de desenvolver competências pessoais:
- Autorregulação: “Treinar o cérebro” para lidar com emoções. Essas estratégias trazem a neurociência com sua abrangência, passando por meditação, processos estruturados como mentoria e coaching e tantos outros que serão eleitos segundo a pessoa e o contexto que faz parte;
- Gerenciamento do Tempo: Planejar e Priorizar, são coisas simples de falar, mas a prática tem se mostrado diferente. A falta de um senso de urgência apurado também compromete o desenvolvimento das competências pessoais, pois a pergunta é: Estou colocando energia no lugar certo?;
- Feedbacks: Aqui estamos falando sobre ouvir o que as pessoas tem a dizer sobre nós e usar esse insumo como fonte de informação para incrementar o nosso desenvolvimento. O recado é simples – Dê, receba, peça feedback e aproveite tudo o que é produtivo para que adquira e fortaleça suas competências.
Liderança e Gestão: Lideramos pessoas e gerimos resultados, é importante que isso seja enfatizado, pois quando estamos nessa posição, somos demandados, hora como líderes e hora como gestores. Então, podemos dizer que devemos “trafegar” e ser habilidosos, o bastante, para lançar mão do conhecimento para liderar, desenvolver pessoas e fazer uso de modelos de gestão que agreguem valor para o negócio para que seja relevante e sustentável para o mercado.
Conhecimento Técnico e Científico: Apesar de estar descrito próximo ao final do texto, essas competências precisam manter o seu espaço no desenvolvimento das lideranças. Trata-se do repertório que usamos para dar consistência, segurança e credibilidade ao que fazemos e, sem dúvida alguma, é fundamental para contribuirmos para o desenvolvimento das pessoas que estão ao nosso redor.
Ser competente tecnicamente deve ser um objetivo presente no aprimoramento do líder. Preferencialmente de forma que possamos medir e identificar novas necessidades.
Esse artigo tem como objetivo “desmembrar” esses fundamentos para abrir caminho para nossa compreensão, mas não existem linhas que os limitam, certamente eles se misturam e o processo de desenvolvimento nos impacta nas diferentes frentes.
Para tornar isso claro, temos aqui um exemplo: Quando estamos desenvolvendo os aspectos voltados para liderança e gestão, certamente há competências pessoais “neste pacote” e vice e versa.
O “recheio” disso deverá ser feito conforme a cultura, os objetivos definidos, o painel de competências, mas usar essas estruturas nos permite visualizar, de forma objetiva, como está sistematizada a nossa forma de desenvolver pessoas. Lembrando que o processo de autoconhecimento e autodesenvolvimento permeia todo esse movimento.
Estamos na Semana da Enfermagem, mas não vamos restringir esse conteúdo para falarmos do desenvolvimento dos enfermeiros, mas da pessoa, ou seja, esse modelo é aplicável em qualquer segmento.